domingo, 7 de maio de 2017

Deputado questiona empréstimo de R$ 500 milhões que Jatene quer dar pra sua filha "administrar"

Governador quer empréstimo de R$ 500 milhões pra passar à filha, nomeada pelo pai pra uma secretaria



Jatene quer dar R$ 500 mi à Secretaria da filha

Você entregaria R$ 500 milhões para uma pessoa sem experiência comprovada gastar num projeto que ninguém entende muito bem do que se trata? Pois é exatamente isso que o governador Simão Jatene espera que a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) faça. Na última quarta-feira (3), Jatene enviou à Alepa um projeto que pede a aprovação para um empréstimo de 153,4 milhões de dólares (cerca de R$ 500 milhões), que seriam destinados ao Projeto Municípios Sustentáveis.

Edmilson: sem justificativa

O deputado federal Edmilson Rodrigues (Psol) diz que não é contra nenhum empréstimo ao Governo do Estado, se houver de fato capacidade de endividamento, desde que ele seja feito de forma transparente e honesta. Como, segundo ele, isso não está concretizado neste pedido que servirá “para alicerçar interesses inconfessáveis”.

Como o senhor avalia este pedido de empréstimo para anabolizar economicamente uma secretaria criada para filha do governador?

Quero deixar claro que não sou contra o empréstimo, desde que ele seja transparente e honesto e que seja voltado para áreas estratégicas como saúde, educação, saneamento etc. Entretanto, aceitar este empréstimo do jeito que está sendo feito, para mim é legitimar o genocídio de pobres no Pará. Contrair empréstimo a juros elevados para o povo pobre do Pará pagar, sem ter certeza de como o dinheiro será aplicado, é de uma injustiça sem tamanho.

O dinheiro vai cair na conta de uma secretária que ninguém sabe de fato qual é função. O que o senhor acha disso?

É um empréstimo sem justificativa. O arremedo de projeto enviado à Assembleia diz que o dinheiro será investido em projetos estruturantes. Alocar todo este dinheiro numa secretaria que não tem finalidade específica é muito suspeito, para não dizer completamente imoral.

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