quarta-feira, 29 de março de 2017

Com a paralisia do governo JATENE, o Ministério da Integração passa a ser a esperança de gestores paraenses pra investimentos

Hélder Barbalho e a inércia do governador Jatene

Blog do Branco (Clique AQUI) publica excelente análise sobre a cena política paraense, onde o ministro Hélder Barbalho desponta como o principal, senão o único protagonista no presente momento.




De Brasília, Helder Barbalho governa o Pará


O título deste texto parece ser pura propaganda, apoio ou meramente uma fineza ao citado. Primeiramente, o blog não se propõe a isso. O texto foi construído com base em informações repassadas e pesquisas sobre ações e projetos que são despachados pelo Ministério da Integração ao Pará, solicitado por este blogueiro aos assessores do ministro paraense.

Notadamente, desde quando Helder Barbalho virou ministro, ainda no governo de ex-presidente Dilma Rousseff, responsável pelas pastas dos Portos e Pesca, havia claro direcionamento de ações do governo federal, via Helder, para o Pará. Mas as limitações orçamentárias impediam maiores volumes de recursos. Independente do volume de investimentos vindos de Brasília em direção ao segundo maior ente federativo do país, sempre acompanha o carimbo do ex-prefeito de Ananindeua.

Com o impeachment e a chegada de Michel Temer ao poder, os acordos firmados para manter Helder Barbalho no primeiro escalão do governo deram certo. O herdeiro político de Jader, foi além, e assumiu a poderosa pasta da Integração Nacional, potencializando ainda mais as suas chances de disputar novamente o governo do Pará, em 2018.



Por isso, o blog entrou em contato com a assessoria do ministro solicitando o envio de informações sobre as ações e projetos desenvolvidos pelo Ministério da Integração em solo paraense. Dentre a maçaroca de informações (entre ações macro e micro) se fez necessário um crivo para postar aqui.

Na gama de ações apresentadas há incursões por diversas áreas. Habitação, produção, infraestrutura, Grupos de Trabalho para debater alternativas econômicas e os entraves na região amazônica, dezenas de ordens de serviços na região: abastecimento de água, revitalização de portos e abertura de concessões aeroviárias. No caso especifico de Parauapebas, Helder, esteve à frente da assinatura do contrato, que dará ao governo municipal, a título de empréstimo, 70 milhões de dólares para investimentos em saneamento na capital do minério.

O ministro negociou ainda com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) a inclusão de seis aeroportos paraenses no Programa de Aviação Regional, do Governo Federal. Em balanço geral, desde outubro de 2015, quando assumiu a Secretaria de Portos, Helder já atraiu mais de R$ 1 bilhão em investimentos ao Pará.

Por isso, não é exagero afirmar que, direta ou indiretamente, o herdeiro político do senador Jader Barbalho, governa o Pará. Essa afirmação se fortalece primeiramente pelo volume de recursos, e em segundo, por conta da inércia gerencial do governo de Simão Jatene. Não há dúvidas e nem há qualquer constrangimento em assumir que Helder se prepara para realizar o maior sonho político de seu pai: torna-se governador do Pará.

Em 2014, após um processo eleitoral conturbado e disputado, Helder venceu Jatene no primeiro turno e perdeu no segundo para o tucano que, naquele momento, se reelegeria de forma inédita, para a sua terceira gestão à frente do Executivo paraense.

O ministro da Integração Nacional demonstra além da habilidade gerencial, o domínio das relações políticas. Assim como o pai, Helder, constrói – e não é de hoje – vasta rede política no Pará, desde da época que presidiu a Famep. Segundo fontes consultadas pelo blog, o ministro já teria apoio de 1/3 dos prefeitos paraense (fora dos que não declaram publicamente).

Dessa forma o tabuleiro político-eleitoral do Pará começa a ser formado, Helder, de Brasília, vai governando, em parte, o Pará. Do outro lado, do aconchegante gabinete no Palácio dos Despachos, Simão Jatene mantém o seu conhecido “ritmo” de trabalho, deixando o Pará com um dos piores níveis de investimento, isso às vésperas de mais uma disputa eleitoral que parece colocar em xeque à dinastia tucana no Pará.

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