Em todo Brasil o Partido dos Trabalhadores (PT) foi o que mais sofreu nessas eleições, o grande derrotado. Perseguido pela lava Jato, criminalizado pelas grandes empresas de mídia e vítima dos discursos de ódio da classe média, viu vários de seus líderes fugirem para serem candidatos por outros partidos. Os bravos que insistiram em permanecer, em sua maioria, foram terrivelmente derrotados nas urnas.
O tombo foi assustador. Em 2012 o PT recebeu quase 20 milhões de votos, considerando todos os seus candidatos a prefeito, em 2016 recebeu menos de 7 milhões. O número de prefeito eleito sofreu uma queda brutal, em 2012 foram mais de 600, mas em 2016 foram apenas 252. Mesmo fenômeno ocorreu no número de vereadores eleitos, de mais de 5 mil em 2012 para menos de 3 mil em 2016.
Enquanto isso, PMDB e PSDB cresceram em votos, prefeitos e vereadores. O PSDB, partido que mais cresceu, saiu de pouco mais de 14 milhões de votos em 2012 para quase 20 milhões em 2016.
Entre os principais partidos do Brasil o PT caiu da terceira colocação para a décima, ficando atrás de partidos como DEM, PTB, PP e PR.
Em Parauapebas a situação do PT é ainda mais dramática. De uma votação de quase 19 mil votos e 4 vereadores eleitos nas duas últimas eleições (2008 e 2012), caiu para 3.995 votos e nenhum vereador eleito. Uma redução de quase 80% em números de votos e 100% no número de vereadores.
Aldo Fornazieri, cientista político e diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, fez uma brilhante análise do resultado dessas eleições em um artigo intitulado “Os Escombros do PT”, publicado no jornal GGN. Imagino que se Fornazieri fizesse uma análise sobre o resultado das eleições em Parauapebas seu título seria algo como “As Cinzas do PT”.
Há um ano, vítima de coices de todos os tipos de quadrúpedes - inclusive carneiros - Darci resolveu deixar o partido, logo em seguida vários outros líderes e filiados resolveram que o melhor a fazer seria segui-lo. Todas as antigas lideranças políticas do PT ou foram candidatos por outros partidos, casos de Eliene, Antonio Neto e Zé Alves, ou fizeram campanha para o Darci, caso de Raimundo Neto, Luiz Vieira e Jorge Neri, mesmo ainda filiados ao PT.
Desidratado, o partido ainda coroou seu melancólico destino com uma esdrúxula e inexplicável coligação com o PSDB.
Diferentemente de muitos, não creio no fim do PT, mas concordo com Fornazieri: o partido terá que se reavaliar e assumir erros que insiste em negar. A reconstrução depende de uma profunda autocrítica.
Em Parauapebas o caso é mais complicado. Sua reconstrução não depende apenas de uma autocrítica. A atual situação em que se encontra o partido não é resultado de erro estratégico, mas de uma absoluta falta de caráter de seus atuais dirigentes.
Reduzido a Cinzas, o PT de Parauapebas demorará mais de uma década para se reconstruir – alguns amigos acham que estou sendo otimista – e essa reconstrução somente será possível depois que homens e mulheres minimamente decentes assumirem a direção política do partido.
Mas vale um alerta: começar uma dolorosa caminhada para se reconstruir e no futuro lançar candidatos como Miquinhas e Euzébio é mais louvável deixar o partido onde está, nas cinzas.
Só que o PT não foi só ele levou o Brasil inteiro junto. Sucateou nosso país. Agora qualquer um que entrar vai atribuir qualquer insucesso ainda,passe o tempo que passar, ao falido PT. Quanto aos pioneiros petistas de Parauapebas como Darci, Antonio Neto, Raimundo Neto, Luiz Vieira e outros,que credibilidade esses caras merecem? Outrora para eles o PT era como uma família. Ou seja, eles traíram sua família e tudo em troca de benefício próprio.
ResponderExcluirOs caciques do PT nacional traíram os menos graduados, porém bons petistas, ao se esbaldarem com empreiteiros e seus jatinhos equipados com Romanée-Conti. E aqui os pioneiros traíram os bons companheiros ao se juntarem com caudilhos do tipo Barbalhos e Chamons da vida.
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