terça-feira, 7 de junho de 2016

Contra fraudes em licitações o GAECO faz busca e apreensão nas casas do prefeito e do vice de Oriximiná

ORIXIMINÁ: Operação “Uruá-Tapera” é resultado de dois anos de investigação




A operação “Uruá-Tapera”, realizada na manhã de quinta-feira (2), em Oriximiná, no oeste do Pará, é resultado de investigação iniciada há dois anos, em atuação conjunta do Ministério Público de Oriximiná, por meio da promotora de justiça Sabrina Mamede Napoleão Kalume, Núcleo de Improbidade Administrativa e Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Pará (Gaeco). É decorrente de denúncias de fraudes em licitações praticadas pela administração municipal.

No decorrer da operação a equipe, com apoio da Polícia Militar, cumpriu mandados de busca e apreensão na prefeitura municipal e nas casas do prefeito Luiz Gonzaga Viana, do vice-prefeito Antônio Odinélio Tavares da Silva e dos secretários municipais de Infraestrutura (Alfeu Carpeggiani), Educação (Hilda Viana, que é irmã do prefeito) e Administração (Valdenice Printes da Silva).





Também foram alvos da Uruá-Tapera a assessora contábil e ex-secretária de Fazenda, Tereza de Souza Silva; o secretário de Fazenda, Raimundo das Graças de Souza Viana Júnior; a membro da comissão de licitação da prefeitura, Gilmara Carvalho Dias Varjão; a assessora Maria do Carmo Conceição Mileo Partenostro e a tesoureira do município, Maria Soares de Oliveira.

O procurador de justiça Nelson Medrado, que comandou a operação, disse que “verdadeiros absurdos estavam sendo praticados pela prefeitura, com distribuição de dinheiro sem nenhuma justificativa ou autorização”. Dentre as irregularidades foram constatadas montagens de processos, que já vem com a empresa vencedora, em procedimentos licitatórios forjados.




De acordo com a promotora de justiça Sabrina Mamede, todo o material apreendido, incluindo documentos, computadores, armas de fogo e munições serão analisados para a proposição de ações judiciais cabíveis, cíveis e criminais. Os inquéritos civis serão conduzidos pela PJ de Oriximiná e o a ação criminal contra o prefeito será conduzida em Belém pelo Núcleo de Improbidade Administrativa.

Texto: Karina Lopes (graduanda do curso de jornalismo)
Atualização: Lila Bemerguy, de Santarém

Um comentário:

  1. De que adianta tudo isso, se esse povo não fica na cadeia?! Esse nosso país está uma verdadeira palhaçada. Todos os dias os jornais só falam na pouca vergonha, porém nada se faz. Tenho vergonha de ser brasileiro! Se eu tivesse uma oportunidade e condições eu sumiria desse país de pilantragens!!!

    ResponderExcluir