quarta-feira, 18 de maio de 2016

VIOLÊNCIA SEXUAL INFANTIL JÁ É PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA


A violência sexual infantil é um problema de saúde pública devido à alta incidência. Dentre os tipos de violência sexual infantil, além da exploração sexual infantil que envolve a mercantilização das vítimas, o abuso sexual é uma das situações que levam aos sérios prejuízos para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social das vítimas e de sua família. A dinâmica deste tipo de violência é complexa, pois envolve aspectos psicológicos, sociais e legais. Muitos são os resultados que apontam que o desemprego, abuso de álcool e drogas, dificuldades econômicas e presença de outras formas de violência constituem os principais fatores de risco associados ao abuso sexual infantil.

Fique ATENTO

Esta forma de violência pode ser definida como qualquer contato ou interação entre uma criança ou adolescente e alguém em estágio psicossexual mais avançado do desenvolvimento, na qual a criança ou adolescente estiver sendo usado para estimulação sexual do perpetrador. A interação sexual pode incluir toques, carícias, sexo oral ou relações com penetração (digital, genital ou anal). O abuso sexual também inclui situações nas quais não há contato físico, tais como voyerismo, assédio e exibicionismo.

TIPO DE VIOLÊNCIA SEXUAL

De forma frequente o abuso sexual ocorre de forma intrafamiliar, ou seja, onde o abusador na maioria dos casos faz parte do seio da família e é alguém que do convívio no ambiente doméstico da criança e que possui relação de confiança e cuidado com esta, porém, o abuso sexual também pode ocorrer em diferentes categorias. Fora do ambiente familiar, essa violência sexual também pode ocorrer em situações nas quais crianças e adolescentes são envolvidos em pornografia e outras formas de abuso e de exploração sexual, por isso devemos tomar cuidado quanto às formas de envolvimento de nossas crianças com as redes sociais como facebook e whatsapp.


OBSERVE OS COMPORTAMENTOS

A familiaridade entre a criança e o abusador envolve fortes laços afetivos, colaborando para que os abusos sexuais incestuosos possuam maior impacto cognitivo comportamental para a criança e sua família. Então, qualquer mudança física, comportamental e emocional da criança e do adolescente pode significar que ela esteja sofrendo algum tipo de violência, inclusive a sexual, porém, a presença isolada destes indicadores pode não ser suficiente para a interpretação de abuso sexual, mas já são sinais de alerta.

QUANTIFICAÇÃO DOS CASOS

Foram colhidas informações fornecidas pela própria equipe do CREAS – Centro de Referência Especializada de Assistência Social para que nos permita compreender como estão sendo descritos os casos e suas dinâmicas nesta forma de violência e os fatores de proteção e de risco envolvidos no contexto familiar. Conforme os dados quantitativos, no ano de 2015 em Parauapebas, foram 46 o número de casos de violência sexual praticada contra menores, sendo que 25 foram contra adolescentes. Sendo que a maior parte dos casos novos de violações contra crianças e adolescentes acompanhados no ano passado pelo CREAS, a violência por abuso sexual compreende uma fatia de quase 30% dos acompanhamentos, a maior do bolo. No ano de 2016, até o momento, 18 casos de violência sexual contra menores já foram notificados, o que ainda assim não superou o quantitativo das notificações do ano de 2015.

Tais resultados podem subsidiar ações preventivas e terapêuticas para situações de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Ressaltamos ainda que dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao  Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, e como em mais um ano, Parauapebas não está de fora na luta por esta causa e proteção.



Proteja nossas crianças e adolescentes, DENUNCIE:

Conselho Tutelar I - 3356-250; Conselho Tutelar II – 98807-7740; Delegacia de Parauapebas-336-6; Disque Denúncia - 336-2250 e Disque 100 (Direitos Humanos).

#EuApoio

Rita Maia
Fonoaudióloga
Idealizadora e Presidente do Grupo ALMA

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