terça-feira, 11 de agosto de 2015

Centro de Perícias Científicas Renato Chaves fez às vezes de "corretor de imóvel" em Parauapebas

O instituto é uma autarquia ausente para a população do interior do Pará
O Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” (CPCRC) é uma Autarquia responsável pela Perícia Oficial do Estado do Pará de cunho criminal. Criada pela Lei Nº 6.282 de janeiro de 2000, o Centro é voltado à assistência aos usuários do Sistema de Segurança Pública, Ministério Público, Poder Judiciário e a Sociedade em geral.

O CPC é dotado de autonomia administrativa, financeira, patrimonial e técnica, sendo formado por dois institutos: o Instituto Médico Legal (IML) e o Instituto de Criminalística (IC). A autarquia é vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (SEGUP/PA) e tem como finalidade coordenar, disciplinar e executar a perícia cível e criminal no Estado do Pará. O Centro é um dos poucos no Brasil a ter autonomia da Perícia Oficial, enquanto Autarquia. No restante do país, a perícia oficial integra o quadro da Polícia Civil. (Visite aqui - www.cpc.pa.gov.br)

Em Parauapebas o CPC mostrou sua "expertise"

No município de Parauapebas, o CPC Renato Chaves emitiu uma laudo dizendo que um terreno que o amigo do prefeito pagou R$ 100 mil, depois outro amigo pagou R$ 400 mil, depois o "amigão" prefeito de Parauapebas pagou pela metade do terreno a quantia de R$ 15,4 MILHÕES, com dinheiro do povo, obviamente.

Pois bem, o laudo do "CPC" disse que está no preço e não disse mais nada, para espanto geral.

Em tese, um avanço, na realidade - um caos

O centro de perícias é uma autarquia e não integra os órgãos de segurança pública, assim pode fazer "avaliação de imóvel", como se corretor de imóvel fosse, mesmo que para um prefeito mais que enrolado com as investigações do GAECO - Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado.

Na Constituição Federal, o rol dos órgãos de segurança pública é taxativo, não há lugar para autarquia, claro, exceto no Pará.

A idéia de autarquia é um avanço, em tese, mas na realidade o que se extrai é o caos no interior paraense, com a completa ausência do CPC, uma inexistência de fato.

Aliás, os peritos paraenses ameaçam deflagrar uma greve, entre os motivos a carência de cursos de aperfeiçoamento.

"Todo penso é torto"

O Blog, inadvertidamente, pensou que no Pará fosse como nas demais unidades federativas brasileiras, a perícia fosse realizada pela Polícia Civil, como se vê, todo "penso é torto".

Um comentário:

  1. Tudo farinha do mesmo saco, n acredito mais em justiça, no decorrer do escândalo, vi a senhora secretária embarcando pra Belém as pressas, não posso afirmar se a mesma se reuniu com o povo do governo e IML....????

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