Político de Parauapebas se declara dono de terra que o Iterpa quer "vender" - 1.561,94 hectares só para um vereador

O Iterpa, Instituto de Terras do Pará, quer vender terras para políticos e empresários de Parauapebas, todos ligados ao governo VALMIR DA INTEGRAL, um dos beneficiários seria o vereador ODILON ROCHA

Terras para políticos e empresários

Apenas para o vereador ODILON, líder  do governo VALMIR DA INTEGRAL, seriam "vendidos" 1.561,94 hectares, o problema é que o vereador já se diz dono da terra, que se trata da FAZENDA SERRA AZUL, avaliada pelo próprio em R$ 1.165.000,00.

Como comprar o que já seria seu, tem algo errado nessa história. 

Venda direta é NULA

Óbvio, a venda direta que pretende o ITERPA é ilegal, pior ainda, a terra pública deveria ser destinada ao maior número de famílias, para ter uma idéia, apenas a propriedade que o vereador quer "comprar" (embora ele declare para a justiça eleitoral que já é dono), somente essa área daria para atender cerca de 50 famílias. 

Odilon declara que a terra é sua, seria ele sócio do ITERPA?

Embora o edital do ITERPA deixe claro que as pessoas relacionadas pretendem comprar as terras da GLEBA AMPULHETA, o vereador ODILON já se declara dono da fazenda, veja sua declaração de bens prestada à justiça eleitoral:

O vereador ODILON é passado na casca do alho, já declara para a justiça eleitoral a fazenda que ainda pretende comprar.

A fazenda que é do ITERPA o vereador declarou como se fosse sua, mas a casa alugada para o governo do Pará o vereador esqueceu ou será que o imóvel não pertencia ao vereador em 2012?

Veja o contrato do imóvel, observe que ele não está relacionado nos bens que o vereador declarou a justiça eleitoral:

O MPPA ou nós, na "maciota" nem pensar

Sobre o imóvel não declarado, com certeza, na próxima oportunidade o vereador irá retificar suas informações para a justiça eleitoral, claro, caso tenha imóvel alugado para o município de Parauapebas o digno vereador também irá declarar, mas já com relação ao ITERPA, o processo de venda direta é nulo, caso o MPPA não ingresse com a ação devida, com a máxima vênia, nós ingressaremos.

Não será assim na "maciota" que "comprarão" terras públicas, terras que teriam melhor destino para quem delas precisa.