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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Brumadinho/MG: MP denuncia ex-presidente da Vale, 272 pessoas assassinadas, mas com Bolsonaro o crime ainda 'VALE a pena'

272 mortos - o crime 'VALE' a pena, um ano depois a impunidade impera e a mineradora recupera o seu valor de mercado 




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Ministério Público e Polícia Civil de Minas Gerais rompem proteção de Moro e Bolsonaro aos assassinos de Brumadinho/MG


Ontem (21), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou ao Poder Judiciário uma denúncia contra 16 pessoas pelos assassinatos de Brumadinho/MG, entre eles o ex-presidente da VALE, Fabio Schvartsman, finalmente réu.

A atitude corajosa do MPMG e da PCMG merece louvor, não enfrentam apenas as 'forças' poderosas do mercado de capitais, também passam por cima da PF e do MPF de Moro e Bolsonaro (leia AQUI). 

A denúncia do MPMG considera que foram 270 mortos, mas os levantamentos de entidade não governamentais afirmam que são 272 vítimas fatais.

Sob Bolsonaro o crime 'VALE a pena'

O MPMG, tenta romper em parte a proteção que Bolsonaro e Moro ofertam aos assassinos de Brumadinho/MG, tal qual o MPRJ tenta romper a proteção para os assassinos de Marielle Franco, mas o fato é que a impunidade está vencendo nos dois casos, nesse Brasil governado por milícias.

Passado um ano da 'chacina' de Brumadinho, a mineradora Vale só tem motivos para comemorações, ela já até recuperou o seu valor de mercado, a ação da empresa que tinha despencado de R$ 56,15 para R$ 42,38 após o rompimento da sua barragem, perdendo cerca de 24,5% do seu valor de mercado, nesse começo de 2020 seus papéis já são cotados a R$ 57, maior que a do dia anterior ao da 'chacina' (aqui-Folha).

Em 2019, ainda sob efeito dos seus crimes em Brumadinho/MG e Mariana/MG, os papéis da Vale atingiram o piso de R$ 41,59.

No Brasil, na 'merdocracia neoliberal neofascista' de Bolsonaro, o crime 'VALE a pena'! (aqui)

Um ano de cinismo e impunidade de Moro e Bolsonaro

Embora o MPMG tente romper a proteção dada a mineradora Vale, pelo governo Bolsonaro, pela PF de Moro e pelo Poder Judiciário, o fato é que no próximo dia 25 de janeiro completará um ano da 'chacina' de Brumadinho-MG e com todos os responsáveis livres e soltos.

Era pra ser, mas virou milícia federal

A PF, principal responsável pela investigação dos crimes da Vale em Brumadinho/MG, se transformou numa cínica milícia política/partidária do governo Bolsonaro, sob a chefia de Sérgio Moro, ela que deveria ser a primeira a apresentar algo de sério para a sociedade brasileira, vergonhosamente indicia apenas funcionários do baixo escalão da mineradora, os 'bagrinhos', a 'milícia federal' nunca adotou qualquer medida contra os diretores da VALE e seus controladores estrangeiros, 'os tubarões' detém mais de 45% das ações da empresa (composição acionária da VALE), eles são os mentores e beneficiários dos crimes da mineradora, estão e ficarão impunes, apesar do MPMG tentar romper a proteção do governo Bolsonaro aos assassinos.

Marcha denuncia a impunidade

Na última segunda-feira (20), cerca de 350 moradores vítimas dos crimes da Vale em Brumadinho-MG iniciaram uma marcha (aqui-BdF) para denunciar a impunidade da inescrupulosa mineradora e o jogo de 'empurra' das autoridades brasileiras, a caminhada saiu de Belo Horizonte e durante seis dias percorrerá 300 km até a cidade de Brumadinho.

A depender de Moro e Bolsonaro, o porteiro que se cuide...

Os responsáveis pela 'chacina' de Brumadinho-MG, com seus 272 mortos, são reincidentes, basta lembrar Mariana-MG com seus 19 mortos (aqui - BdF), eles, os diretores da Vale, com assento no conselho administrativo da empresa, indicados na maior parte por acionistas estrangeiros, os 'tubarões' estão livres e gozando dos seus milhões, oriundos das suas participações nos vultosos lucros da empresa, mas a PF de Moro e Bolsonaro indiciou o 'porteiro'.


Marielle, Brumadinho e Mariana - os 'tubarões' livres, o 'porteiro' indiciado e sob ameaça

O que acontece com o crime da Vale, seja em Brumadinho ou Mariana, é o que ocorre na condução do caso Marielle Franco (aqui - BBC), o mesmo modus operandi das milícias estatais do governo Bolsonaro, elas abrem diversas investigações, uma para desacreditar a outra, todas com o mesmo objetivo: garantir a impunidade dos 'tubarões', dos mandantes que moram em condomínios luxuosos.

Ao final, os mandantes ficam livres e soltos, mas o 'porteiro' que ligou para a casa 58 do luxuoso condomínio, ele que mude a versão e cale a sua boca, caso contrário, será preso, delatado e condenado, nessa ordem, seguindo o roteiro da farsesca 'orcrim Lava Jato'.


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