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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Terceirização na saúde de Parauapebas - uma história de escândalos e fracassos que pode ganhar mais um capítulo

GAMP, BEM VIVER e PRÓ-SAÚDE - Parauapebas assustada com a terceirização do único hospital público do município

A escolha da Pró-Saúde pra administrar o Hospital Geral de Parauapebas poderá ser questionada na justiça, diz conselheiro municipal



Terceirização do Hospital Geral de Parauapebas 

O Conselho Municipal de Saúde de Parauapebas não está convencido da necessidade da terceirização do único hospital público da cidade, pelo contrário, questiona seriamente que tal medida trará algum benefício ao usuário dos serviços públicos de saúde, hoje (21), o órgão fará uma reunião extraordinária para debater o assunto.

A realidade

A experiência com a GAMP e BEM VIVER demonstra que na realidade a terceirização tem sido um leito de escândalos e falcatruas, o processo de qualificação das entidades, onde foi selecionada a PRÓ-SAÚDE, envolvida em desvios e alvo de operações policiais em todo o Brasil, deveria servir de alerta ao governo municipal de Parauapebas.

Entra governo e sai governo

Em Parauapebas, o fracasso recente com a GAMP, que foi beneficiada com uma contratação realizada pelo ex-prefeito Valmir da Integral, cujo valor chegava a quase R$ 100 milhões, isso em pleno período eleitoral de 2016, não serviu de alerta e parcimônia para o governo atual, que deseja enveredar pelo mesmo caminho.

GAMP, BEM VIVER e PRÓ-SAÚDE

A desastrada passagem da GAMP mostra uma certa afinidade entre os membros do governo Valmir da Integral e os do governo Darci Lermen, o caso da OSCIP BEM VIVER, que passou pelos cofres públicos de Parauapebas nos idos de 2011 e 2012, o caso da GAMP, em 2016, e agora a iminente contratação da Pró-Saúde só confirmam isso.

GAMP, BEM VIVER e PRÓ-SAÚDE servem de exemplo fino e acabado do que não se deve fazer em matéria de gestão pública, tudo se revela ainda mais grave quando atingido um serviço tão sensível e essencial à população - a rede municipal de saúde pública.

Ontem e ontem

A OSCIP BEM VIVER, nos anos de 2011 e 2012, abocanhou R$ 23.4 milhões e R$ 31.4 milhões, respectivamente, em troca, não se sabe o que foi feito, um fracasso total.

A despeito dessa experiência desastrosa, apenas superada, em matéria de fracasso e falcatruas, pelo caso GAMP, em 2016, ou seja, tudo aconteceu "ontem e ontem", estranha que ainda se insista nessa medida tão questionável.

Parauapebas tem apenas um hospital público, não deve ser tão penoso tentar administrá-lo com eficiência e respeito à população, ao menos isso.

Estranho é sair prefeito e entrar prefeito, em comum, sempre recorrerem a essas, infelizmente, danosas entidades mais que suspeitas, em alguns casos, criminosas de fato.

Abandono

Em matéria de querer abandonar a prestação dos serviços públicos de saúde, passando a responsabilidade e dezenas, talvez, mais de uma centena de milhões de reais para "ongs" suspeitas, tem-se um ponto em comum entre os recentes gestores públicos de Parauapebas, aqui, se pode dizer tranquilamente: existem mais semelhanças que diferenças entre eles.

Conselho Municipal de Saúde atua, já a Câmara...

Enquanto a Câmara Municipal não se manifesta e seus vereadores silenciam, pior ainda, aprovam leis pra facilitar falcatruas e terceirizações, o Conselho Municipal de Saúde de Parauapebas tem alertado a sociedade local sobre as desvantagens e riscos que a terceirização pode trazer aos usuários, ainda mais considerando as experiências recentes com a GAMP e com a BEM VIVER.

Um dos membros do Conselho de Saúde manifestou ao Blog sua preocupação com a grande possibilidade da contratação da PRÓ-SAÚDE, caso essa venha a ser a escolhida do governo municipal pra gerenciar o Hospital Geral de Parauapebas, o que poderá ser questionado na justiça, em vista da quantidade de escândalos e processos em envolve aquela entidade, segundo o membro, falta idoneidade.

Todos estão em alerta

O Sinseppar (aqui) noticia na sua página que 13 entidades tentaram a qualificação para abocanhar os recursos da saúde de Parauapebas, mas a Pró-Saúde foi a única selecionada, o processo estaria na fase de recursos.

Pró-Saúde coleciona uma rede de escândalos em todo o Brasil

A Pró-Saúde, segundo informações, inquéritos e ações judiciais, está envolvida em uma rede de falcatruas por todo o Brasil, com destaque no estado do Rio de Janeiro, onde um esquema de pagamento de propinas foi desmontado recentemente, lá se pagava 10%, recolhidos junto aos fornecedores da OS.


Pró-Saúde, envolvida em falcatruas, trabalha para o governo Jatene
e para a mineradora Vale, pode vir a prestar serviços ao município de Parauapebas

No Pará, a OS também aprontou das suas, as conta da Pró-Saúde  foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por  duas vezes,  no total foi condenada e devolver R$ 1,5 milhão aos cofres públicos. 

No vizinho estado de Tocantins, o Ministério Público Federal pediu a nulidade dos contratos firmados com a Pró-Saúde para administrar 17 hospitais públicos no estado.

Como se constata, todo cuidado é pouco, melhor seria o governo municipal de Parauapebas buscar alternativa à terceirização, pois, com o histórico da Pró-Saúde que garantias tem os usuários dos serviços, ou seja, a população mais humilde do município e da região?

Nem estamos a falar dos holofotes que tal parceria apontaria, é previsível, para o município e seus gestores.

(PRÓ-SAÚDE investigada em 6 estados - leia AQUI)

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