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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Os Fatos dos Números, por Léo Mendes



Os Fatos dos Números, por Léo Mendes

Nos dias de hoje somos apenas pesquisas, números
e estatísticas de pessoas que nunca vimos na vida. 
(Rubens Rezende)

Nunca fui muito apegado a números; e nem adepto do jargão segundo o qual “contra números ou fatos não há argumento”. Pelo contrário, sempre estive entre aqueles para os quais “não existem fatos, apenas interpretações”, como o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. E, também como ele, jamais confiei na “frieza dos números”!

Talvez por não possuir, como dizia os “mais velhos”, aptidão para a Matemática, sempre tive restrições às pesquisas eleitorais. E, por certo, devido às minhas limitações com a Estatística, evito analisar as ditas pesquisas preferindo buscar os fatos que as ensejam ou que lhes deem sustentação subjetiva.

Foi com esse espírito que me debrucei sobre a mais recente pesquisa para governador do Pará (aqui). Não me surpreendeu! Ao constatar a larga vantagem de Helder Barbalho (MDB), entretanto, duas coisas chamam a nossa atenção.

A primeira, foi a proximidade entre os números de agora e os que apresentava o mesmo candidato a essa altura no pleito de 2014. Nesse sentido, a semelhança é tamanha que, ao interpretar os fatos dos números chego à conclusão de que, passados quatro anos, Helder Barbalho nada ampliou em seu eleitorado.

Ainda assim, e esta é a segunda coisa que me chamou a atenção, suas chances de vir a ser o vencedor são, nesse momento, bem maiores que eram nas eleições de 2014, pois, nessas, diferentemente da atual, disputava com o governador em pleno mandato, que, embora fosse desastroso, detinha uma imensa máquina eleitoral.

Agora, em 2014, Helder Barbalho, além de manter larga dianteira, fruto de uma campanha que já ultrapassa oito anos, também vê-se sem um adversário realmente competitivo, vez que seus dois principais concorrentes vem apresentando limitações em suas campanhas por demais evidentes.

O candidato Marcio Miranda (DEM) carrega o peso de representar um governo extremamente desgastado e incapaz de unificar a própria base. Aliás, para quem tenta analisar com alguma racionalidade esta campanha, tem-se a impressão de que já foi abandonado à própria sorte pelo governo e pelo governador.

Já o candidato Paulo Rocha (PT) apresenta-se com o desgaste de seu partido, promovido cotidiana e diuturnamente pela grande imprensa, ao longo de doze anos para justificar o “golpimpeachment” de 2016 e a exclusão jurídico-midiática de seu principal líder, Lula, mantido como preso político em Curitiba. Situação que só agora começa a ser desmascarada. Talvez tarde demais!

As demais candidaturas (Fernando Carneiro – PSOL; e Cléber Rabelo – PSTU) são social e numericamente frágeis; e, embora se legitimem em seus aspectos ideológicos, como deve ser em toda democracia, pouco poderão ameaçar a atual hegemonia emedebista!

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