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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Promotor de Justiça quer ouvir "candidatas laranjas", na quinta-feira

Em Cáceres-MT, o Ministério Público começará a ouvir as candidatas laranjas, em Parauapebas ainda não se tem a data, embora uma coligação tenha sido denunciada

Estranha a diplomação de todos os vereadores de Parauapebas, apesar de tantas denúncias





Nove candidatos a vereadores eleitos correm o risco de perder o mandato, em Cáceres, caso o Ministério Público Eleitoral – MPE, consiga provar fraude eleitoral, caracterizada, através do uso de candidaturas fictícias de mulheres, as chamadas “candidatas laranja” lançadas por partidos e coligações, apenas para preencher as cotas de gênero previstas no artigo 10 da Lei das Eleições (9.504/97).

Na próxima 5ª-feira, o MPE irá ouvir as candidatas que tiveram as candidaturas deferidas, mas votação zero nas urnas. No dia seguinte será a vez dos presidentes dos partidos que se beneficiaram da ilegalidade.

“A suspeita de que foram usadas apenas para preencher a cota de gênero que estabelece 30% das vagas para candidaturas femininas é muito grande. Mas temos que conseguir provas de que elas estavam conscientes e contribuíram para a ilegalidade” enfatizou o promotor Rinaldo Segundo, assinalando que, uma das formas será exigir uma explicação, no mínimo plausível, que possa justificar que mesmo elas tendo as candidaturas deferidas pela justiça eleitoral, tiveram votação zerada nas urnas. Entre as candidatas suspeitas estão a esposa de um candidato e a sogra de outro.

Foram intimadas para a audiência na próxima quinta-feira (15) as candidatas Tania (PSC), Karina Albuquerque (PT do B), Suellen Cristine (PSC), Roselaine Evangelista (PT do B), Joselma Sile (PV), Flávia Rocha (PTN) e Ana Luiza (PT do B), todas elas tiveram as candidaturas deferidas, mas nem um único voto nas urnas. Na sexta-feira, serão ouvidos os presidentes do PTN, Eliel da Rocha, do PSC Valdir do Palácio das Tintas, do PTB, Geraldo Leão e do PV Claudinei Lara.

Além das investigações pelo MPE, na manhã de quinta-feira (8/11) um grupo de candidatos suplentes que pode ser beneficiado com a suposta perda do mandato dos vereadores eleitos, se reuniu com o advogado Francisco Faiad, no hotel Porto Belo, articulando o ajuizamento de uma ação, no sentido de impedir a diplomação dos eleitos e consequentemente a impugnação das chapas, como determina a lei.

Caso seja confirmada a fraude eleitoral, poderão perder o mandato os vereadores eleitos Rosinei Neves (PV), Creude Castrillon (PTN), Wagner Barone (PTN), Elias Pereira (PT do B), Denis Maciel (PT do B), Claudio Henrique (PSDB), Zé Eduardo Torres (PSC), Valdeniria Dutra (PSDB), Elza Bastos (PSD) e Cézare Pastorello (PSDB). Nesse caso seriam beneficiados os suplentes João Resende (PSB), cabo Pinheiro (PSB), Odenir Nery (PSD), Pastora Rosemar (PSB), Beto Serrão (PSD), Arimatéia (PSD), Roberto França (PSB), Tarcísio Paulino (PSB), Marcelinho Cardoso (PRB) e Salvador (PTB).


Mato Grosso

Em Mato Grosso houve 266 candidatos com registro deferido e votação zero. Desse total, apenas 17 são do sexo masculino. A esmagadora maioria, ou seja, 249 candidaturas são do sexo feminino. Números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demonstram que, em todo o país, 14.417 mulheres registradas como candidatas terminaram a eleição com votação zerada, mesmo tendo sua candidatura deferida pela Justiça Eleitoral, indício forte de que houve candidatura fictícia.

A presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargadora Maria Helena Póvoas, enalteceu o trabalho desenvolvido pela Procuradoria Eleitoral e se colocou à disposição para contribuir com este trabalho.
“Estamos à disposição da Procuradoria Regional Eleitoral para auxiliar nestas investigações e vamos agir com rigor na responsabilização dos partidos políticos e coligações que fizeram uso deste expediente. Caso fique comprovado o uso indevido do nome das mulheres como candidatas laranja, os candidatos homens destes partidos e coligações, que tenham sido eleitos, podem até ter seu mandato impugnado por terem se beneficiado com a ilegalidade”, destacou a desembargadora Maria Helena Póvoas.

Um comentário:

  1. O QUE MAIS ME CHAMA A ATENÇÃO É QUE O FOCO DAS INVESTIGACOES SOBRE DENUNCIAS DE SUPERFATURAMENTOS DE CONTRATOS E ETC.... SAIRAM DO EXECUTIVO ( VALMIR MARIANO) E DESVIARAM PRA CÂMARA MUNICIPAL. POR QUE SERÁ??????

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